A companhia das Índias Ocidentais não podia se dar ao
luxo de limitar suas ações apenas a Capitania de Pernambuco. As necessidades de
aquisição de escravos e outros produtos, além das estratégias de defesa, redundaram
na obrigação de controle de pontos específicos no litoral africano e das áreas
vizinhas do Nordeste.
Sendo assim foram conquistados pontos como Luanda e
Cambinda na África e procedeu-se a expansão holandesa em direção norte e sul da
Capitania de Pernambuco pelo litoral nordestino, para onde foram enviadas
expedições de reconhecimento e conquista.
Através de batedores e acordos com os índios locais, os
holandeses chegaram a pontos tão distantes como o Maranhão e Alagoas,
registrando cartograficamente a natureza e a topografia através de mapas e
vistas de incrível precisão de detalhes.
Nessa sala encontram-se alguns dos mapas resultantes
desse esforço estratégico. São vistas e planos que, pela riqueza informacional
e precisão geográfica, nos permitem, ainda hoje, o realização de estudos acerca
dos elementos ali representados.
Temos então:Cabo de Santo Agostinho (mapa 06) com
suas costas ásperas
e armadas por fileiras de fortins,
Itamaracá (mapa 07), mostrando a Vila Velha e o forte
Orange
no turbilhão da reativação econômica posterior a invasão.
Paraíba (mapa 08) com a planificação da fortificação na
entrada da barra do rio. No entanto, em primeiro plano, detalha aspectos da
vegetação nativa destacando a figura de um cajueiro.
A cartografia do período holandês é, muitas vezes, a
única iconografia existente sobre o Nordeste brasileiro. Neste mapa, ela
realiza o papel de explicitar a habilidade dos artistas e técnicos da época,
permitindo entender um enorme universo da realidade humana da região mapeada.
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