Azulejos são placas decorativas de cerâmica chamadas em
língua germânica de teguels. Delft é a denominação do local da Holanda no qual,
a partir de 1600, foi desenvolvida, uma produção resultante da forte influência
das cerâmicas árabes do período medieval que, naquele momento, se reafirmava nas
diversas experiências europeias de tentativa de reprodução da porcelana chinesa,
especiaria muito apreciada em todo velho continente.
O resultado holandês de tal experiência coincide com o
desenvolvimento do mercantilismo manufatureiro e comercial nórdico e a formação
de uma classe burguesa que, além de consumir tal produto, contribui para a sua
dispersão pelo mercado europeu, atingindo as colônias.
São peças quadradas avulsas, entre 13 e 14 centímetros, de
caráter simples e prático. Nelas, em fundo branco, se destacam, nos quatro
vértices, ornamentos fitomórficos, zoomórficos ou geométicos. No centro, aparecem
séries de figuras avulsas como navios, soldados, animais, profissões, entre muitos
outros temas. Em termos cromáticos, o pigmento azul de cobalto conduz a denominação
holandesa Delfts Blauw.
No Brasil são registrados azulejos dessa procedência desde
o século XVII, resquício do domínio holandês, ao século XIX, com a expansão do
mercado europeu fomentado pela Revolução Industrial.
O presente painel foi montado a partir de representações
de azulejos do período holandês existentes na Igreja do Convento Franciscano de
Santo Antônio do Recife. São 255 peças impressas em plástico adesivado em base
em isopor, reproduzidas em tamanho real mas sem preocupação fac-similar. A
composição constitui uma amostra das principais características plásticas desse
tipo de expressão artística.
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